quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Você sabe a diferença entre HTTP e HTTPS?

Algumas diferenças entre essas duas siglas da internet.







O HTTP não oferece a mesma segurança do HTTPS porque as informações navegam na rede de uma forma muito parecida com a apresentada na tela ou digitadas pelo usuário. Por exemplo, se o usuário digita um login "xxx" e uma senha "1234", isso é colocado dentro de pacotes de dados que são enviados da mesma maneira pela rede. Alguém pode interceptar esses dados no meio do caminho, contendo exatamente o digitado. Com essas informações, o interceptador pode acessar um site na internet.
"Interceptar pacotes entre a origem e o destino não é muito complicado na internet. Eles passam por diversas redes de uma ponta até a outra, como a rede de nossa casa ou empresa, a rede do nosso provedor, a rede do provedor do sítio web de destino e a rede onde está o servidor que esse sítio, por exemplo. Em qualquer desses pontos um indivíduo mal-intencionado pode encontrar meios de visualizar os pacotes de dados que trafegam. Não é uma tarefa trivial, mas não chega a ser difícil", segundo Antonio Moreiras, supervisor de projetos do NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR).
O HTTP tem vulnerabilidades que acabam por prejudicar os usuários. O HTTP não oferece certeza absoluta de que o site acessado é realmente quem diz ser. Um cracker pode interceptar os dados que trafegam e criar um falso sítio de destino, respondendo às requisições do navegador na web. Por exemplo, o usuário pode pensar que está navegando numa loja virtual, mas está, na verdade, interagindo com uma quadrilha que roubará seus dados pessoais, como senhas e números de cartão de crédito.
A função básica entre os HTTPs é igual, ou seja, é usado para permitir que os navegadores na internet dialoguem com os servidores, mas fornece mais segurança em dois aspectos: encripta os dados trafegados, embaralha-os de forma que somente o destinatário pode entendê-los. Esses dados podem ser interceptados, mas não são legíveis para as pessoas ou computadores. "É muito, muito difícil que possam ser decriptados e entendidos por alguma entidade que os intercepte no meio do caminho", aponta o supervisor.
O HTTPS também garante que o site que o usuário está visualizando é quem diz ser. O dono do local na web cria um certificado, dizendo quem é e submete isso a uma empresa certificadora, que verifica a autenticidade do mesmo e o assina, o endossando. Os navegadores reconhecem as principais empresas certificadoras e aceitam automaticamente os certificados assinados por ela, reconhecendo sua autenticidade e a da página correspondente.
É importante entender que o HTTPS só protege o caminho, não protege as pontas. Ou seja, se o computador ou o servidor da loja virtual forem invadidos ou estiverem comprometidos por ataques de vírus ou outros softwares maliciosos, as informações podem ser comprometidas. "É como contratar um carro-forte para levar dinheiro de uma loja até o banco: isso não garente que a loja não será assaltada, nem garante que o dinheiro não será roubado do cofre do banco", explica Antonio Moreiras.
Outro ponto importante a ser considerado é a efetividade dos nomes de usuário e senhas utilizadas. É preciso desenvolver senhas pouco previsíveis. Uma senha "1234", ou com a data de aniversário do usuário, por exemplo, é facilmente descoberta, sem a necessidade do cracker interceptar os dados no meio do caminho.
Em conjunto com o uso do HTTPS, o usuário precisa estar atento à segurança de seu computador principal, com a utilização de antivírus, firewalls, antispywares e outros softwares de proteção. Também é preciso ter cuidado com os sites acessados e e-mails suspeitos, sem contar a criação de senhas fortes, dificultando sua descoberta.

Fonte: DNT - O Direito e as Novas Tecnologias 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Alunos populares tendem a ter salários maiores, diz pesquisa


O elo entre a popularidade na escola e o sucesso profissional seria a facilidade de interação social, de acordo o National Bureau of Economic Research



São Paulo – Ser o rei ou a rainha das rodinhas do recreio da escola pode se traduzir em um pouco mais de sucesso na futura carreira profissional. Um estudo do National Bureau of Economic Research, divulgado nesta semana, chegou à conclusão de que os alunos considerados populares terão – 35 anos depois - salários 2% mais altos na comparação com os seus colegas de escola.
Os pesquisadores criaram também uma escala percentual de popularidade com base em um estudo sobre conexões estudantis, conduzido ao longo de 50 anos, o Wisconsin Longitudinal Study. Estudantes ranqueados com 20% de popularidade, em um intervalo de 40 anos, tiveram salários 10% menores do que aqueles com 80% de popularidade.
O elo entre a popularidade na escola e o sucesso profissional é o traquejo social, de acordo com os pesquisadores. Isso porque jovens mais populares desenvolvem habilidades de comunicação e competência social antes do que seus pares.
Já se sabe que a ascensão profissional não é apenas resultado do conhecimento técnico. As competências comportamentais podem sim alavancar a carreira. A capacidade de se integrar sem dificuldade ao ambiente pode ser valiosa no dia a dia corporativo, com colegas de trabalho.
A intensa interação social pode se transformar, por exemplo, em mais facilidade na hora de fazer networking no futuro profissional. Um levantamento da consultoria Arquitetura Humana, realizado com mais 200 presidentes de companhias brasileiras revelou, por exemplo, que poder de influência, de impacto no ambiente e a extroversão são características comuns a quem ocupa o mais alto cargo executivo.

Fonte: Exame.com